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PLANEJAMENTO URBANO
Com o crescimento desordenado das cidades e
consequentemente os problemas gerados por ele, a demanda pelo planejamento
urbano surge como necessidade imediata: cidades abarrotadas, e com pouca
estrutura para abrigar todo contingente, conhecidas como METRÓPOLE passam a
surgir, juntamente com a necessidade de um planejamento para minimizar os
impactos gerados com o crescimento acelerado, como é o exemplo de São Paulo,
que é terceira cidade com maior número de habitantes no mundo, e passa por
grandes problemas como alagamentos, ocupações ilegais do solo,
congestionamentos, etc.
Daí surge um novo pensamento entre urbanistas: a diferença
entre cidade real e a cidade ideal, conclui-se que a cidade não é fruto de um
desenho apenas feito em um escritório, e sim um conjunto de fatores como
história, clima, acesso, vínculo, oportunidades, recursos, etc. Devido a isto o
papel de projetar uma cidade real não é mais responsabilidade apenas do
urbanista e sim de profissionais de diversas áreas distintas, inclusive dos
próprios habitantes reivindicando melhorias e cobrando do governo com a criação
e execução de leis que assegurem organização, autonomia e melhor qualidade de
vida.
FONTE:
São Paulo Metrópole Insustentável – como
superar esta realidade?
Fonte: Site- Observatório das
metrópoles:
http://www.observatoriodasmetropoles.net/index.php?option=com_k2&view=item&id=584%3As%C3%A3o-paulo-metr%C3%B3pole-insustent%C3%A1vel-%E2%80%93-como-superar-esta-realidade%3F&Itemid=167&lang=pt
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PLANEJAMENTO URBANO
O PLANO DIRETOR, que consiste em uma série de diretrizes e
normas usadas para orientar o crescimento e o desenvolvimento urbano, surge por
haver necessidades específicas e individuais a cada cidade que deve criar o seu
próprio plano, de acordo com as demandas necessárias.
Ele possui como foco principal a qualidade de vida dos
cidadãos, e propõe melhorias como mobilidade urbana, espaços de integração,
aproximação entre moradia e trabalho, entre outros.
Senado discute projeto de lei que pode alterar a função dos Planos
Diretores
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PLANEJAMENTO URBANO
Com o surgimento de novas demandas, e a percepção da
necessidade de se criarem leis que regimentem o uso e ocupação do solo, e a
vida urbana, é criado o ESTATUTO DA CIDADE que reúne instrumentos de política
urbana e principalmente regulamenta a função social da propriedade. Entre estes
instrumentos podemos citar a Indução ao Desenvolvimento Urbano, Regularização
Fundiária, Democratização da Gestão Urbana, Financiamento da Política Urbana
E em muitas cidades podemos observar protestos contra o
retrocesso em políticas de habitação, entre eles estão os Arquitetos e
urbanistas, que reivindicam maiores investimentos em programas urbanísticos.
Estes protestos mostram que há uma busca por melhorias nos projetos de leis, e
isto foi possível apenas porquê há uma lei que não está sendo cumprida.
Ter um estatuto da cidade já é um grande avanço, se pensar
em cidade, no indivíduo e em qualidades melhores de vida para eles é
imprescindível, porém leis não se sustentam sozinhas, nem apenas em papeis,
elas precisam ser praticadas, e para que se tornem fato é necessário que haja
maior cobrança por parte da classe de Arquitetos, os cidadãos em geral, afinal
a cidade é problema e responsabilidade de cada cidadão individualmente, não
apenas do governo.
FONTE: Reportagem: "Movimentos pela reforma urbana
lançam manifesto contra governo interino"
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PLANEJAMENTO URBANO
Pensar em planejamento urbano vai muito além do que a
construção da cidade em si, ela começa muito antes de se pensar em vias, lotes,
setorização. O planejamento surge nos processos que constroem-na, na
importância que cada bairro possui, e nas necessidades do cidadãos. Em Paris surge
o Plano do Barão Haussman considerado o pioneiro no urbanismo estético-viário,
começa a se pensar em uma forma diferente de se organizar a cidade, valorizando
a monumentalidade e facilitando o transporte em geral, com uma obra que demolia
muitas casas para abertura de uma grande avenida principal que levaria aos
grandes monumentos turísticos, a ampliação dos espaços abertos centrais e a
higienização da cidade.
Muitos anos se passaram e novamente Paris passa por
transformações em seu plano viário, o projeto da remodelação da avenida
Champelysses, e ampliação de espaços públicos nas margens do Rio Sena, e a
criação de um plano cicloviário que incentive o transporte em sua maioria de
pedestres e ciclistas, gerando mobilidade sustentável e diminuindo o fluxo de
automóveis nos grandes centros.
A demanda por
melhores condições de transporte sempre surgirá, cabe aos urbanistas pensarem
em formas que possibilitem aos cidadãos melhores acessos às políticas públicas,
exemplo de sobra temos e teremos e demanda é o que não falta.
Tema 5
URBANIZAÇÃO
Com o passar dos anos surgiram vários ramos do urbanismo,
como o estético-viário, sanitarista, cidades jardins entre outros, podemos
citar um bastante utópicos como o globalizante e político, que era anti-urbano
e defendia uma sociedade inteira abrigada em um espaço físico projetado para as
necessidades daquele grupo, excluindo as classes menos favorecidas, podemos
citar o exemplo de Brasília.
Após estudos das reações geradas por estes processos
observa-se a necessidade de encontrar um equilíbrio entre estas linhas de
planejamento, e o foco passa a ser o cidadão, o pedestre, como o utilitário do
urbanismo que será projetado, surge então a questão social, que busca expor
descaradamente os problemas enfrentados pela sociedade atual, com o pensamento
de que se conhecendo o problema a fundo é que se pode começar a pensar em
soluções.
Logo surgem projetos de renovação urbana com foco nos
pedestres, criando ambientes melhores para convívio, permanência e
deslocamento.
FONTE: Antes/Depois: 30 fotos que mostram que é possível
projetar para os pedestres
Fonte: Site Archdaily
http://www.archdaily.com.br/br/772541/antes-depois-30-fotos-que-mostram-que-e-possivel-projetar-para-os-pedestres
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URBANIZAÇÃO BRASILEIRA E A REDE URBANA
Nunca se teve tantas pessoas na terra como existem
atualmente, o mundo cresceu absurdamente no último século, a industrialização
gerou um boom de crescimento impressionante. No Brasil não foi diferente,
concentrando sua população nas áreas litorâneas no tempo de colônia, e se
interiorizando após a busca por metais preciosos. Juntamente com a descoberta
destes metais, muitas pessoas migraram para estas cidades, que, claro, não
tinha estrutura alguma para receber este contingente, muitas cidades
brasileiras surgiram aleatoriamente, sendo um número muito pequeno de cidades
que foram projetadas, como é o exemplo de Brasília e Belo Horizonte.
A revolução industrial inaugura uma nova era, com a
mecanização da produção, a mão de obra rural é desvalorizada obrigando os
camponeses a venderem suas terras em busca de melhores condições de vida nas
cidades, as cidades não possuíam planejamento para receber todo este
contingente, nos grandes centros os preços dos terrenos eram muito altos,
obrigando os novos habitantes a procurarem locais às margens da sociedade, o
que gerou grandes favelas, apropriações ilegais, invasões, etc
Políticas de habitação social deve ser um tema discutido
diariamente por cidadãos, profissionais de urbanismo e por lideranças
políticas, há uma crise geral de habitações, famílias vivem sob condições
desumanas, em risco de desabamentos, além de sofrerem sempre quando há chuvas
fortes. É necessário que se pense políticas de inclusão destas famílias, de
legalização de terrenos, de incentivos efetivos do governo para que o direito à
moradia seja de todos, não apenas de um grupo específico.
Guerra dos Lugares:
a colonização da terra e da moradia na era das finanças
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QUESTÃO HABITACIONAL
Não podemos ignorar o fato de que o governo trabalha por
políticas de habitação social, porém elas são pouco efetivas, segregatícias,
burocráticas e lentas.
Habitação de interesse social é um tema que deve estar em
pauta nas discursões do congresso, é caso de segurança e saúde pública.
Propostas como construção de conjuntos de prédios,
legalização de lotes irregulares por uso capião, desconto em impostos, aumentar
a oferta de imóveis residenciais de baixo custo, além de oferecer programas de
incentivo à compra destes imóveis com juros baixos, parcelas acessíveis, para
que o sonho da casa própria não gere transtornos como endividamento, perda do
investimento por falta de condições de continuar pagando as parcelas, etc
Políticas públicas de habitação social abrange diversos
fatores além de moradia, o acesso aos pontos importantes da cidade como grandes
centros comerciais, locais de lazer e cultura, regiões industriais. Inserir estes habitantes no dia-a-dia da
cidade, oferecer a eles condições de transporte adequados, acesso a saneamento,
iluminação, água potável, áreas de lazer. Ao introduzi-los na sociedade há a
esperança de diminuir a segregação gerada pela marginalização, e oferecer a
eles, através de políticas simples a identificação como indivíduos, como
cidadãos responsáveis também pelo funcionamento da cidade.
Quinta Monroy 12
anos depois: uma análise da habitação social de Alejandro Aravena
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QUESTÃO HABITACIONAL
O problema de moradia se estende por décadas no Brasil,
sendo um problema agravado pelo Êxodo rural e pelas crises econômicas sofridas
ao longo de sua história, a metropolização foi responsável por segregar grande
parte dos imigrantes que buscavam melhores condições de vida, porém não tinham
condições de arcar com as despesas de moradia em áreas centras, sendo obrigados
a buscarem refúgio em áreas de risco, e de proteção ambiental. A legislação
pouco falava sobre habitação social e esta luta se estendeu por anos, mesmo que
existisse o Ministério do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente desde 1985,
extintos os ministérios surgem programas alternativos como os mutirões
autogeridos que ampliava a participação popular nas decisões urbanísticas e na
criação de organizações populares, logo após a década de 90 há a aprovação da reforma urbana na constituição,
que resultou na aprovação do Estatuto da Cidade, em julho de 2001.
Ao longo do tempo a população começa a perceber seu papel
ativo nas necessidades da cidade, e como cidadão detentores de direitos
começaram a reivindicar melhorias e solução de problemas. Os conselhos
municipais é um canal responsável por estabelecer relações com a constituição,
os governantes e os cidadãos. Estes conselhos formulam e cobram políticas
públicas para melhoria da saúde, assistência social, urbanística e assegurar
que os direitos constitucionais sejam respeitados.
Mas, o que é um
conselho municipal?
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QUESTÃO METROPOLITANA
Com o intuito de se desenvolver políticas públicas
integradas entre os municípios que estavam envolvidos entre si foram criadas as
regiões metropolitanas, entendendo a importância econômico-social que estas
regiões possuíam, como apoio comercial e institucional fornecendo atendimento
às cidades interligadas entre si.
Podemos observar o exemplo de uma proposta na região do
médio paraíba que sofre com a falta de abastecimento de água, as cidades
interdependentes se reuniram para propor meios de resolver o problema, além de
propostas que melhorariam a qualidade de vida dos moradores, como implementação
de infraestrutura de captação e filtragem de água, ampliação dos espaços
públicos de convívio, com o intuito de incorporar o não-urbanizado na concepção
do urbanizado.
Metrópole Expandida
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REGIÃO METROPOLITANA DO VALE DO AÇO
Como em muitos processos judiciais a democracia e a demora
nos processos de efetivação da região metropolitana no Vale do Aço culminaram
para que o processo fosse longo e maçante, somente após uma sincronia nas
decisões do estado e município é que se efetivou as ações cooperativas entre os
municípios da região. Logo começaram a surgir entidades e secretarias que visavam
atender às cidades pertinentes à região.
Para que se mantenham as conquistas, são necessários
diálogos metropolitanos, como os que ocorrem em Ipatinga que visam a discursão
de temas relevantes para preservação dos direitos em comum, como a conservação
e defesa do meio ambiente, através de exposição de ideias e de sanar dúvidas,
inclusive a discursão sobre o conselho municipal de conservação e defesa do meio
ambiente.
Agência RMVA debate
mudanças no Sistema da Gestão do Meio Ambiente de Minas Gerais