quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Amanda Drumond e Lívia Cardoso



Tema 1: Planejamento Urbano
FALTA DE PLANEJAMENTO URBANO x SÁUDE EM BAIRROS DE BAIXO PODER AQUISITIVO

Fonte: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/07/31/Como-a-segrega%C3%A7%C3%A3o-urbana-pode-impactar-a-sa%C3%BAde-respirat%C3%B3ria
(Notícia)
ANÁLISE
Planejamento urbano é o processo de idealização, criação e desenvolvimento de soluções que visam melhorar ou revitalizar certos aspectos dentro de uma determinada área urbana, tendo como objetivo principal proporcionar aos habitantes uma melhoria na qualidade de vida. Lida basicamente com os processos de produção, estruturação e apropriação do espaço urbano.
Porem um grande problema é a falta de planejamento urbano que atinge grande parte da população, principalmente de bairros mais carentes. Essa falta gera diversos problemas sobretudo referentes a saúde.
Um desses problemas são as doenças respiratórias que tem ganhado destaque por decorrência de seus efeitos negativos. Muitas vezes são causadas por fatores ambientais como a poluição, falta de saneamento básico e uso de água imprópria para consumo. Um exemplo de doença respiratória que é discutido em todo texto é a asma, que atinge principalmente crianças de bairros de baixa renda.
Outro fator que esta ligada é o fato de bairros mais pobres serem afetados por problemas estruturais que geram mofo, aumentam a presença de vermes e de outros geradores da asma como a incidência de baratas e roedores dentro das casas.
Casos como esses poderiam ser evitados com a criação de um planejamento urbano, eliminando insetos e roedores e obtendo melhoras no armazenamento de água, além disso a criação de métodos para o saneamento também melhoraria a qualidade de vida populacional.
Pode-se perceber que além de todos os problemas citados, algo que está diretamente relacionado a falta de planejamento desses locais é o não envolvimento politico, que prioriza os que possuem mais condições e ignoram as populações que mais necessitam (classes mais baixas) deixando eles submetidos a lugares sem investimentos em planejamento.




Tema 2: Urbanismo e Rede Urbana
REQUALIFICAÇÃO URBANA NA ORLA CONDE

Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/806633/urbanizacao-da-orla-prefeito-luiz-paulo-conde-boulevard-olimpico-b-plus-abr-backheuser-e-riera-arquitetura
(Projeto)
ANÁLISE
O processo de urbanização no Brasil teve início no século XX, a partir do processo de industrialização, que funcionou como um dos principais fatores para o deslocamento da população da área rural em direção à área urbana, chamado de êxodo rural. Este provocou a mudança de um modelo agrário-exportador para um modelo urbano-industrial.
Com o processo de urbanização houve diversas mudanças na organização do país como o crescimento da quantidade de cidades; o desenvolvimento das redes de transporte e comunicação; o crescimento desordenado do meio urbano, que crescia sem nenhum planejamento, provocando diversos problemas ambientais e estruturais; a acentuação das desigualdades sociais nos centros urbanos.
Com o aumento da população e desenvolvimento aumenta os problemas ambientais, porque a população para de cuidar do meio ambiente e começa a usá-lo de forma negativa, desmatando, poluindo, e degradando muitos ecossistemas naturais. E esses problemas ambientais são mais pela forma do desenvolvimento do que pelo crescimento como sempre foi pensado.
A Orla do Conde, Rio de Janeiro, é um exemplo desse processo de urbanização, porém ele não foi favorável em todos os aspectos. Recentemente, houve a reurbanização da área, através da demolição do elevado perimetral, o qual rompia relação de proximidade com a Baia da Guanabara e gerava impacto negativo na paisagem, assim foi possível recuperar a unidade da área e integrar a paisagem natural novamente. Nesse novo contexto urbano, a praça de algum modo recupera o protagonismo de anteriormente, na medida em que se recoloca no foco do processo de transformação da região.
A urbanização bem planejada traz além de melhorias para o local, melhorias para todo seu entorno. São colocados em questão aspectos que interferem em todo funcionamento da cidade, como a melhoria da mobilidade, mais segurança para população, criação de novas áreas de lazer e isso tudo gera uma maior atenção e cuidado com a cidade.




Tema 3: Estatuto da Cidade
SUBUTILIZAÇÃO DO ESTATUTO DA CIDADE

Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/785520/estatuto-da-cidade-quinze-anos-se-passaram-mas-o-brasil-urbano-continua-desigual-e-excludente-lessandro-lessa-rodrigues
(Artigo)
ANÁLISE
O Estatuto da Cidade, lei 10257, foi aprovado em 2001. O Estatuto tornou legal uma série de instrumentos urbanísticos e, diretrizes de desenvolvimento urbano capazes de modificar a realidade urbana do país, visando promover uma maior qualidade de vida urbana para a maioria.
Contudo, falhas surgiram devido o fato de cada região adotar o que necessita e não  considerarem a realidade do local, a instabilidade politica, a falta de gestão da aplicação da legislação urbana, entre outros.
Com o objetivo de assumir o desafio de trabalhar para reverter a segregação socioespacial, criando uma maior igualdade social. O “Estatuto da Cidade Comentado” é a primeira tentativa de prestar contas sobre as experiências e conceitos que orientam o esforço brasileiro na superação da desigualdade urbana, que conta com a participação da população.
Porém grande parte da população não tem interesse em participar das discussões que são propostas, tornando a tentativa de transformação ineficaz, se pode-se dizer assim. E muitas vezes a população não tem consentimento das reuniões que ocorrem, existe uma fraca divulgação.




Tema 4: Urbanismo
URBANISMO INCLUSIVO: CRIANÇAS
Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/867175/urbanismo-inclusivo-empoderando-as-criancas-em-nossas-cidades
(Notícia)
ANÁLISE
O urbanismo inclusivo é um tema amplo que aborda diferentes aspectos como gênero, acessibilidade e meios de transporte. Idealmente, a cidade deve ser projetada levando em consideração as situações particulares da população. Empoderando os grupos excluídos dos papeis ativos da sociedade, dando importância a eles dentro do espaço público.
É uma tentativa de aumentar o interesse da população em participar e se importar com a cidade, o que hoje quase não é visto. Uma forma de fazer isso é começar com as crianças, escolas, pois são elas as responsáveis pelo futuro do país e precisam entender que todos possuem seu lugar na cidade.
Questão que é muito discutida na arquitetura nos dias de hoje é como tornar o ambiente público em sua totalidade acessível a todos, incluindo aquelas com mobilidade reduzida? Porque ainda existem muitos locais que não possuem acessibilidade e o urbanismo inclusivo tenta reverter essa situação. Deve-se incluir todos no ambiente em que vivem desde crianças a pessoas com necessidades especiais.




Tema 5: Texto O que é Urbano, no mundo Contemporâneo
URBANIZAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE
Fonte: texto O que é Urbano,  no Mundo Contemporâneo, de Roberto Luís Monte-Mór, 2006 
(Livro)
ANÁLISE
O texto trata de como conceitos centrais da vida contemporânea, tais como política, civilização e cidadania, derivam gerar  organização a cidade. A cidade expressa à divisão socioespacial do trabalho, e o autor propõe pensar sua transformação a partir de uma ligação que se estende da cidade política ao urbano, onde se completa a dominação sobre o campo.
Com o crescimento da industrialização houve a tomada das cidades pelas maquinas e indústrias, trazendo a produção e o proletariado para o espaço do poder. A cidade passou a depender da lógica da indústria.
Como consequência desse processo houve o crescimento acelerado dos centros das cidades e a criação de periferias no entorno. As quais acarretaram crescimento de problemas urbanos e ambientais.
Percebe-se a necessidade de começar a questionar as melhores formas de expandir essas cidades, criando espaço com infraestrutura para todos e gerando menores problemas ambientais.




Tema 6: Habitação
CONJUNTO HABITACIONAL DO JARDIM EDITE
Fonte: http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/231/jardim-edite-mmbb-e-h-f-sao-paulo-sp-2008-290422-1.aspx
(Projeto)
ANÁLISE
As grandes metrópoles brasileiras têm em aproximadamente 50% de sua população vivendo na informalidade urbana, das quais em média 15 a 20% moram em favelas.
Entre as décadas de 1940 e 1960, a política de habitação, mais especificamente da aquisição da casa própria consistia na oferta de crédito imobiliário pelas Caixas Econômicas e pelos Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPS) ou por bancos incorporadores imobiliários.
Foram surgindo novas formas de investimento e a criação de uma nova fase de intervenção estatal na habitação. Porém foram sendo feitas reformulações do financiamento e gerando uma exclusão da maioria da população assalariada que era a principal afetada pelo déficit habitacional. Com isso restou à população mais pobre ocupar as únicas áreas onde poderiam se estabelecer sem interferência do mercado como as beiras de córregos, as encostas e os morros.
Soluções foram sendo criadas com o objetivo de reurbanizar essas favelas, porém o governo analisa apenas o lado que lhe convém e não se importa com o que as pessoas que morram ali naquele local acham dessa reurbanização. Muitas vezes as famílias são tiradas do local em que vivem e relocada em outros, sendo algo que não é de interesse delas, pois já possuem um apego com aquele local, possuem um costume com a rotina, com os vizinhos, com a relação existente com o exterior e entre elas mesmo.
É necessário  criar soluções que melhorem a situação da população que esta em risco mas ao mesmo tempo não destrua a relação que elas tem com o ambiente que vivem, inserindo elas em locais que condizem com sua realidade.





Tema 7: Reidy - A Construção da Utopia
CONJUNTO DE HABITAÇÃO SOCIAL E MERCADO POPULAR
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2017/09/1920660-regiao-central-deve-ganhar-5-mil-moradores-com-novos-edificios.shtml
(Projeto)
ANÁLISE
O documentário de Reidy aborda a sua trajetória desde os anos 30 até a construção do Aterro e Parque do Flamengo, em que retoma a cidade como tema central de sua arquitetura.
A atualidade de sua obra permite abordar, entre outros temas, o problema da habitação com o crescimento das favelas, o apartheid urbano na divisão entre bairros ricos e pobres, a função social da arquitetura e a capacidade de ação da utopia em transformar o que se pensa e deseja em realidade concreta e construída.
O recorte apresentado trata dessa questão que Reidy coloca em destaque, o problema da habitação social. Mostra a criação de apartamentos para trazer pessoas para morar no centro da cidade.
Um ponto de destaque da criação de novas habitações é a tentativa de trazer as pessoas para mais perto de seus trabalhos, além de proporcionar uma melhor qualidade de vida para a população do local. Através da criação de infraestruturas de apoio, como creches, comércios é possível criar um repovoamento dos grandes centros das cidades.
A criação de habitações nesses centros proporciona uma proximidade do morador com seu trabalho, o que gera um enorme beneficio econômico e ambiental. O morador poderá ir ao trabalho de uma forma mais rápida, não precisando gastar muito no quesito de mobilidade além de estar poluindo menos a cidade em que vive.




Tema 8: Questão Metropolitana e RMVA
RMVA
Fonte: http://observatoriodasmetropoles.net/index.php?option=com_k2&view=item&id=407%3Aconhecendo-a-rm-do-vale-do-a%C3%A7o-potencialidades-e-vulnerabilidades-locais&Itemid=164&lang=pt#
ANÁLISE
A Região Metropolitana do Vale do Aço, mais conhecida por Vale do Aço, é uma região metropolitana brasileira no Leste de Minas Gerais. Surgiu em 1998 de um processo de conurbação acompanhado de uma integração dos municípios de Timóteo, Coronel Fabriciano, Ipatinga e Santana do Paraíso. Em 2006 depois da lei complementar, houve a anexação de 22 novos municípios que se localizam no entorno da RMVA, cuja emancipação esteve vinculada a condições políticas e econômicas (em 2012 foram inseridos dois novos municípios ao colar).
A região se tornou muito importante, cruzada por duas rodovias principais, o que acabou se tornando alvo de investimentos, assim sendo eleita para sediar duas empresas siderúrgicas, Acesita (atual Aperam) em Timóteo e Usiminas em Ipatinga, além da fábrica de celulose, Cenibra, em Belo Oriente.
Pode-se perceber que a região tornou-se conhecida internacionalmente devido as grandes empresas locais e apesar de seu povoamento recente, hoje corresponde a um dos principais polos urbanos do interior do estado. É notável que o município de Ipatinga possui maior força e destaque na região comparado aos demais, sendo a cidade polo da região metropolitana do Vale do Aço.




Tema 9: Reurbanização de Assentamentos Precários
PROJETOS EM ASSENTAMENTOS: CAMINHOS PARA UM DESENVOLVIMENTO PARA UM DESENVOLVIMENTO INCLUSIVO
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/868841/projetos-em-assentamentos-caminhos-para-um-desenvolvimento-inclusivo
ANÁLISE
Durante muito tempo, a principal abordagem em relação a assentamentos foi a aplicação de processos de remoção ou alternativas para tentar escondê-los. Houve um avanço no que tange o reconhecimento dos assentamentos e a formulação de estratégias, programas e políticas por gestões municipais para urbanização dessas áreas. Apesar de investimentos em habitação e infraestrutura urbana, as cidades brasileiras, especialmente suas periferias, ainda apresentam urbanização e serviços com baixos padrões.
Os principais problemas presentes nos assentamentos é carência de infraestrutura, adensamento excessivo, inexistência de banheiro e cobertura inadequada e principalmente irregularidade fundiária. Problemas que muitas vezes que não são vistos pelo poder publico.
Algumas das soluções empregadas pelo governo é a remoção total das famílias para conjuntos habitacionais na periferia das cidades, com falta de equipamentos públicos e sistemas de transporte. Porem muitas vezes essas soluções adotadas não são vista como as melhores pelos moradores que possuem uma relação com o local que vivem.
É necessário que haja um maior investimento nesses locais e um olhar maior para as famílias que estão presentes nesses assentamentos.



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