quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Ana Elisa da Silva e Vanessa Senra



Tema 1: Planejamento Urbano (Estatuto da cidade)


A Lei federal 10.257 de 10 de julho de 2001 refere-se ao Estatuto da cidade. Ele pensa na gestão urbana como, por exemplo: no futuro da cidade e nas decisões que envolvem a sociedade, que são planejadas e discutidas sempre pensando no desenvolvimento do município e diversas áreas (institucional, ambiental, econômica, política, sustentável e cultural), preservando para todas as gerações.
O estatuto prioriza as pessoas e a mobilidade, repensando o desenho urbano com o intuito de estimular e desenvolver transporte não motorizado, repensando a circulação dos veículos, onde a mobilidade não seja uma consequência e sim uma prioridade.
O estatuto criou vários instrumentos para a cidade buscar pelo desenvolvimento urbano, sendo o principal o plano diretor, definindo uma série de instrumentos urbanísticos, que têm no combate à especulação imobiliária e na regularização fundiária dos imóveis urbanos seus principais objetivos.



Tema 2: Urbanismo e Rede Urbana (Urbanização acelerada)



A urbanização acelerada traz o aumento de divergências, como a redução de vagas de emprego, infraestrutura incapaz de atender o fluxo super intenso de pessoas e aumento da poluição -trazendo como consequência a qualidade da saúde ruim- e o aumento da marginalidade -pelo aumento da pobreza-, isso traz um grande desafio: Trazer um equilíbrio na qualidade de vida e na cidade.
Este tipo de urbanização está muito presente nos dias atuais, e ao invés de reduzir, os efeitos colaterais tem aumentado cada vez mais, trazendo uma realidade de desestruturação das mesmas.
Mesmo tentando reverter a situação, a aglomeração de pessoas em áreas desapropriadas é algo que foge do controle, além de já existir um histórico desta superlotação de pessoas que não dá para simplesmente alterar, por conta da situação das pessoas que se residem nessas áreas.
O que resta fazer é buscar melhorar o planejamento das cidades e incentivar mais ainda as pessoas a participarem disso para que essa aceleração não traga ainda mais precariedade.



Tema 3: Estatuto da cidade comentado (Transformação de áreas urbanas no Brasil baseada nos instrumentos previstos no estatuto da cidade)


O Brasil possui atualmente 80% de sua população urbana, sendo em uma grande parte “uma sociedade desigual e excludente. ”-como diz o recorte analisado.
Para tentar reverter a situação, foi criado o estatuto da cidade que visa promover qualidade de vida urbana melhor para a maioria (por isso que ela promove a interação da população nas decisões de seu município). Porém, ele não dita tudo, cada região tenta identificar o que é essencial para a transformação do mesmo, tendo como prioridade a melhoria na igualdade social para todas as questões.
Para a melhora na questão habitacional, foi elaborado o programa ação centro, que visa basicamente as mesmas coisas que o estatuto. 
A questão é: tudo isso que foi criado para essas melhorias e reelaboração destes centros urbanos é eficiente sim. Para que isso funcione, a população tem que buscar participar mais das decisões da região onde mora (o que há muita falta de interesse), e ao mesmo tempo, a própria cidade tem que promover melhor a divulgação para que as pessoas saibam, e assim essas transformações sejam eficientes e igualitária para todos.



Tema 4: Urbanismo (Parques na cidade moderna)


Fonte: http://docplayer.com.br/10755405-Modelos-urbanisticos-modernos-e-parques-urbanos-as-relacoes-entre-urbanismo-e-paisagismo-em-sao-paulo-na-primeira-metade-do-seculo-xx.html 
FABIANO LEMES DE OLIVEIRA - TESE DE DOUTORADO


Parques na cidade moderna segue o modelo da cidade-jardim, causando uma repercussão impactante na Alemanha no século XX, porque vem discutindo a ineficiência do sistema radial puro, que consiste com amplos parques lineares e a direção radial de ocupação criando uma relação de campo e cidade.
Depois, as primeiras alterações vieram de uma proposta para o concurso para a Grande Berlim por Eberstadt (1910), que consiste na conexão do interior das cidades e das áreas verdes periféricas, e foi pensado amplas faixas verdes. A partir disso, surge o formato mais simétrico no formato urbano. Em sequência veio Gustav Langen (1927) que pensou em áreas edificadas menores e maior presença de verde, sem modificar o desenho urbano simétrico.
Esse estudo do passado nos mostra que aos poucos o desenho urbano vem se tornando mais organizado e com mais presença do verde e isso ajuda não só na mobilidade das pessoas como na qualidade de vida. 


Tema 5: Texto de análise (Moradia/Habitação)






A moradia/habitação está ligada à dignidade do indivíduo, por ser um dos aspectos da estrutura da vida familiar, e estando ligada também ao acesso aos serviços urbanos, cidade e mobilidade. Por isso, sendo bem pensada, ela contempla todo resto (serviços, necessidades básicas, comércio e lazer).
No Brasil, nos últimos anos, o governo tem priorizado o atendimento as necessidades habitacionais, porém, o crescimento demográfico deixa a situação delicada por não solucionar demandas futuras, criando um déficit habitacional, que é maior no Sudeste e Sul -causada no século passado, onde o processo de urbanização teve maior concentração nos centros, causando supervalorização de algumas áreas, assim, a população desfavorecida vem ocupando áreas informais/irregulares, como áreas de risco e de proteção ambiental.
O déficit habitacional, além de incluir os problemas anteriores, engloba a falta de moradia, famílias sem moradia de qualidade, moradias que habitam 2 famílias ou mais, moradias que o valor do aluguel toma grande parcela grande da renda, precariedade e áreas de risco.
Alguns possíveis caminhos para solucionar os problemas citados são o equilíbrio do valor das propriedades, compromisso na gestão em relação às ocupações de terra e as propriedades, estatuto da cidade que oferece instrumentos para viabilizar os acessos da cidade e da moradia para todos. Com esses possíveis caminhos ficam mais fáceis de chegar mais perto da solução, entretanto esse caminho ainda é longo, mas não é impossível. 



Tema 6: Habitação (Deficit de habitação)





A habitação se divide em dois momentos da história: Abolição da escravatura e, na década de 60/70, a ditadura, de onde vieram as heranças do êxodo rural. Com a aglomeração começaram os problemas. No primeiro momento, Pereira Passos veio pensando na transformação da cidade sem pensar na habitação.
O FGTS começou a ser usado na compra de imóveis, o que no início foi uma boa estratégia, já que o BNH usava para construção de habitação popular, depois começou a crise e veio o aumento do desemprego e recolhimento de menos FGTS, o que trouxe dificuldades com os investimentos em construção de habitação popular.

Logo após surgiu a Caixa Econômica Federal (CEF) que trouxe o minha casa minha vida, que como o BNH, tem como objetivo fomentar a indústria da construção (alcançado) e sanar o problema de habitação popular (não alcançado por nenhum dos dois), porque o proprietário aumenta o preço sobrando somente terrenos distantes, o que acaba virando um problema deixado de lado.  



Tema 7: Reidy (A construção da utopia)



Analisando o filme e relacionando-o ao recorte, podemos conhecer um pouco da história de Afonso Eduardo Reidy. Ela nos mostra que arquitetura tem total relação com a vida dos habitantes de determinado local, abordando diversos temas como: o problema da habitação (crescimento das favelas), o apartheid urbano (divisão entre bairros ricos e pobres), a função social da arquitetura e a capacidade de ação da utopia em transformar o que se pensa e deseja em realidade construída.
Reidy possui uma arquitetura generosa, sempre pensando no bem-estar e contato com a natureza. Um exemplo bom foi -que inclusive foi citada no nosso recorte- o Parque do Flamengo, que é um projeto pensado para uma cidade grande, que possui uma passagem belíssima, ampla e é um marco da cidade. Porém, isso só foi possível depois de 1932, quando ele passa a ser arquiteto chefe da prefeitura do DF do Rio de Janeiro, e mesmo que por pouco tempo, ele integrou novos conceitos de cidade e fez parte diretamente das modificações sofridas no RJ, desenvolvendo obras que representam bem a modernidade urbana.
Com tudo isso, percebemos claramente que a política está completamente ligada a projetos e a forma como a cidade é pensada, ou seja, a medida que cada um se torna ou deixa de ser líder, o modo de pensar e decidir as coisas/projetos/planejamentos urbanos vão sendo alterados, e muitas vezes deixados de lado mesmo sendo importantes ou não para o contexto, sendo levado em conta o interesse e a visão de quem “manda” naquele tempo. 



Tema 8: Caminhada urbana (Equipamentos comunitários)





A Caminhada Urbana teve como intuito nos mostrar na prática/realidade diversas situações urbanísticas como: problemas urbanos e acesso à moradia digna, legislação Urbanística (parcelamento do solo) Lei 6766/79, constituição 1988 (Art. 182 e 183), estatuto da Cidade/2001 e legislações urbanísticas complementares, direito à cidade (função social da cidade e da propriedade, direito à moradia) CF 2000, reurbanização de assentamentos precários/favela/aglomerados subnormais/Zeis, política habitacional no Brasil (BNH, habitar Brasil - BID Ministério da Cidade Política Nacional de Habitação) SNHIS – PLHIS, equipamentos comunitários, área de risco, reassentamento habitacional, autoconstrução e lei assistência técnica/2008.
Nossa escolha para o recorte foram os equipamentos comunitários, que é um assunto que para muitos têm pouca importância. Primeiro: O que são os equipamentos comunitários? São serviços prestados por poderes públicos e privados para uso coletivo, podendo incentivar educação, lazer, cultura, saúde, entre outras áreas, ou seja, com os estudos feitos em outras matérias e como na imagem que escolhemos de recorte, percebemos que esses equipamentos, apesar da pouca importância que recebem, vem para potencializar as áreas de convívio social, melhorando diversos tipos de relações e a apropriação dos espaços públicos de diversas formas, como podemos ver no recorte citado.



Tema 9: Questão metropolitana e RMVA (RMVA)




A Região Metropolitana do Vale do Aço foi era constituída inicialmente por 4 municípios sendo eles: Ipatinga, Timóteo, Coronel Fabriciano e Santana do Paraíso. Depois, em 2006, a Lei de N°90 apresentou os municípios do entorno (Açucena, Antônio Dias, Belo Oriente, Braúnas, Bugre, Córrego Novo, Dom Cavati, Dionísio, Entre-Folhas, Iapu, Ipaba, Jaguaraçu, Joanésia, Marliéria, Mesquita, Naque, Periquito, Pingo-d’Água, São José do Goiabal, São João do Oriente, Sobrália e Vargem Alegre) como uma expansão da RMVA e os inseriu no colar metropolitano.
A RMVA é um grupo de 26 municípios (4 iniciais + 22 do entorno) e se enquadra no grupo de regiões metropolitanas emergentes ou incipientes por não ter uma cidade polo, porém, acredita-se que com uma pesquisa aprofundada, poderá encontrar atualmente a existência de uma cidade polo ou não na região.
Temos uma metrópole incompleta e com uma grande desigualdade de desenvolvimento, levando em conta grande parte dos municípios do grupo, sendo que Ipatinga, Timóteo e Coronel Fabriciano são mais desenvolvidos. Com isso é possível destacar Ipatinga como polo, por ser considerado o mais forte da região.


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