sábado, 27 de fevereiro de 2016

Jakeline e Samuel

“o urbanismo tem que levar em conta que a cidade é um local de encontros e não de desencontros”


Postagem 1 

A FAVELA DO PARQUE CIDADE JARDIM:                               
uma metáfora da São Paulo moderna.

Tema- Urbanização
Resumo-
Restaurantes em favela têm atraído funcionários de um dos empreendimentos com metro quadrado mais caro de SP.
O complexo Parque Cidade Jardim é composto por um shopping, onde relógios ao preço de 200 mil reais são artigos triviais nas vitrines; por nove torres residências, com apartamentos que variam entre 235 e 1885 m².
Funcionários de escritórios do Corporate Center saem rumo à favela Jardim Panorama diariamente. Na pequena viela da favela, formam-se filas na porta dos restaurantes.
O restaurante por quilo fica no segundo subsolo do shopping, num anexo sem janelas dentro do estacionamento. Haja pulmão! A última opção é o refeitório dos funcionários que, localizado ao lado do Divino Fogão, oferece um prato feito diário e microondas para esquentar marmita. Tudo branco, num estilo que lembra os cenários dos refeitórios de presídios dos filmes americanos.

Resenha-
Empreendimentos como o complexo Parque Cidade Jardim, típico de um capitalismo excludente descaracterizam o verdadeiro sentido de cidade bem como o seu papel social.  O luxuoso shopping separa clientes de funcionários que têm que buscar a favela próxima para fazer suas refeições. Por outro lado a favela, espaço informal, é que faz o papel de lugar para todos.
A favela, consequência da  urbanização acelerada, com todos os seus problemas sociais e ambientais, nesse caso do complexo Parque Cidade Jardim, é que vem suprir as necessidades de parte de uma população que está no seu dia-a-dia batalhando para ganhar suas vidas. E nem só pela questão do preço das refeições mas também pelo tipo de vida que parece ser mais real do que dentro daquele ambiente polido e ilusório de tanto luxo e requinte.
Se a urbanização contemporânea busca uma nova forma de fazer cidades empreendimentos como esse foge à regra de uma cidade viável onde todos os tipos de pessoas podem conviver num mesmo espaço. E esse tipo de espaço não ajuda na solução dos problemas urbanos enfrentados pelas cidades brasileiras, como por exemplo, a questão da violência.
Um espaço controlado por um intenso esquema de segurança como é, e tão pouco acessível torna-se um espaço fechado dentro da cidade e isso só acaba por descaracterizar a cidade e o seu papel social. 
Por outro lado a Parque Cidade Jardim leva clientes para a favela. Os moradores montam seus restaurantes e dessa forma muitas pessoas ganham  suas vidas numa rotina pesada de trabalho.


Postagem 2

MORADORES DE FAVELA RESISTEM À DESAPROPRIAÇÃO

Tema- Desapropriação
Resumo-
Por causa da proximidade da copa do Mundo em junho de 2014, no mês de janeiro as demolições de casas na favela Metrô-Mangueira nas proximidades do Maracanã, que já havia começado em 2010 foram retomadas.
A Prefeitura desapropriou os moradores e fez algumas demolições, mas como o processo foi interrompido, as casas que não foram demolidas em pouco tempo foram retomadas por novas famílias. E então, a partir do momento que volta o processo de demolição a população que agora a ocupa resiste com protestos.
A Secretaria Municipal de Habitação disse que as cerca de 630 famílias que viviam originalmente na comunidade foram reassentadas e que os moradores que posteriormente ocuparam os imóveis desapropriados estão inscritos no Programa Minha Casa, Minha Vida, aguardando o sorteio de uma nova moradia. A única alternativa para eles é a espera em abrigos da prefeitura.

Resenha-
Levando-se em consideração que as grandes metrópoles brasileira tem cerca de 40 e 50% de sua população vivendo na informalidade e que 15 a 20% dessas moram em favelas, o fato mostrado na reportagem em questão é apenas mais um retrato da desigualdade sócio-espacial no Brasil.
Assim como essas famílias é grande o número de famílias que sofrem o drama da desapropriação, sendo grande parte pessoas que vivem na faixa da pobreza, que perderão a habitação precária que conseguiram providenciar para seu abrigo.
De um lado existe os donos da terra, a prefeitura com suas expansões, criação de vias e etc, por outro o direito constitucional à moradia. O problema da habitação social no Brasil é algo que vem sendo enfrentado por brasileiros desde muito tempo em que o governo militar já tomou algumas providencias para solucionar. Mas muitos programas foram direcionados muito mais à classe média que à população de baixa renda.
E o que fazer? Com essas desapropriações para onde irão essas famílias economicamente excluídas do mercado formal? Existem abrigos suficientes oferecidos pela prefeitura? E com que dignidade se vive nesses abrigos até que as pessoas sejam contempladas com o Minha Casa Minha Vida?
Essas são questões que um país com tão grande déficit habitacional como o Brasil pretende responder e as famílias que sofrem o drama espera solução. O ideal, no caso dessas desapropriações para a realização de grande intervenções urbanas fossem minimamente planejadas para que direitos constitucionais não fossem desconsiderados.
A desapropriação só torna um direito legítimo do Estado se não fere o direito constitucional à moradia.

Postagem 3 







Tema- Organização Social da Cidade- Plano Diretor e Mercado Imobiliário.
Resumo-
Luiz, empresários aguardam a revisão de Plano Diretor e da Lei de Zoneamento para investir em novos projetos imobiliários.
Novos projetos são postergados a espera das alterações. Dentre os principais pontos em revisão estão as mudanças nos gabaritos e no recuo entre as edificações. Está também em debate as alterações no número de pavimentos e a distância entre as edificações.
A situação no mercado de São Luiz é parecida com o restante do país, ou seja, com um alto volume de estoques. Existe um volume de ofertas considerado excessivo resultante do alto número de lançamento nos últimos anos. Os distratos no terceiro semestre de 2015 representam 28% do total de unidades comercializadas no período, devido a desaceleração da economia.

Resenha-
Baseado no fato de que a cidade é coletiva, mas as suas funções são alteradas pela ocupação individual, o Plano Diretor de cada cidade é que ordena e estabelece a melhor forma de planejar a cidade, com vistas na qualidade de vida das pessoas.
Em 1988 a cidade apareceu pela primeira vez na Constituição Federal. E é a Constituição que contém instrumentos da Política Urbana para indução do desenvolvimento urbano. A partir daí esses instrumentos incentivam o desenvolvimento econômico e cobram taxas adicionais de proprietários que desejam construir mais.
O segundo setor de São Luiz aguarda justamente a revisão dessas regulamentações para investir no setor imobiliário. Além do peso negativo do setor econômico no momento eles aproveitam o momento para aguardar as revisões previstas no Plano Diretor pela Prefeitura para investirem.
Além da alteração prevista nos gabaritos e nos recuos na edificação um ponto importante para os investidores é as alterações no número de pavimentos. Hoje os empreendimentos podem chegar até 12 pavimentos dentro do coeficiente básico e até 15 pavimentos mediante obtenção de licença adicional junto ao poder público. De acordo com a minuta do anteprojeto da Lei de Zoneamento, os novos limites poderiam chegar a 25 andares em determinadas regiões.
Numa economia em crise na qual o país se encontra essa espera é sensata e estratégica. Assim como tem ocorrido em todo o país, há um excesso de ofertas de imóveis tanto pelo grande número de lançamentos nos últimos tempos bem como pela desistência de contratos devido à crise econômica atual.
O setor imobiliário de São Luiz para tentar melhorar a situação tem realizado feirões na tentativa de aquecer as vendas. Como estratégia tem também adotado a construção de imóveis de baixa metragem, com preços proporcionalmente menores, como tem feito as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
E para driblar a crise o setor imobiliário vai adotando suas estratégias e enquanto isso espera as alterações nas leis do Plano Diretor da cidade para obter maiores vantagens. Graças ao Plano Diretor, ao Estatuto das Cidades e à Constituição Federal a população é tentada ao máximo ser protegida para uma melhor qualidade de vida no espaço urbano.


Postagem 4






Tema- Organização Social da Cidade– Minha Casa Minha Vida
Resumo-
Segundo a presidente da Caixa, Miriam Belchior, os valores não tinha reajuste desde 2009. A prestação se mantinha inalterada desde a criação do programa em R$25,00. Segundo a presidente, o reajuste está de acordo com o crescimento da renda das pessoas e dos imóveis e ressaltou que o subsídio pago pelo governo continua o mesmo. Na faixa 1, os mutuários arcam com 5% do valor das unidades.
De acordo com informações da pasta, na terceira fase do programa as famílias com renda de até R$800,00 passarão a pagar R$80,00, aquelas com renda entre R$800,00 e R$1.200,00 o valor da prestação correspondente a 10% da renda; e as com renda de R$1.200,00 e R$1.800,00, o equivalente a 15%.
O diretor de habitação da Caixa Econômica Federal, Teotônio  Rezende previu o crescimento de 30% nos financiamentos dos imóveis até R$225.000,00 em 2016. Ele disse que a estimativa de crescimento considera a demanda criada pela nova fase do programa.

Resenha-
Desde que se começou a pensar a cidade de forma planejada o objetivo é que medidas que melhorem a qualidade de vida das pessoas sejam implementadas. O planejamento urbano surgiu para responder aos problemas enfrentados pelas cidades e a habitação social é um desses grandes impasses do espaço urbano.
Com a meta de construir 1 milhão de moradias, sendo parte das habitações destinadas a famílias de baixa renda o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) destacou-se como uma proposta social. Foi criado em 2009 para atender ao déficit habitacional urbano para famílias com renda até R$1600,00. Para viabilizar a construção de unidades habitacionais foram recebidos recursos do Orçamento Geral da União (OGU).
De acordo com regras para do programa do governo a execução das obras é realizada por construtoras contratadas pela CAIXA, que se responsabiliza pela entrega dos imóveis concluídos e legalizados. Como regra, os imóveis contratados são de propriedade da FAR (Fundo de Arrendamento Residencial) e integram seu patrimônio até que seja alienados.
Muitos programas habitacionais desde o BNH haviam surgido para atender uma determinada classe de renda que estava longe de ser a população de baixa renda. Finalmente, o  programa MCMV apresentou em seu escopo uma estrutura que prevê essa faixa carente da população. E assim a habitação de interesse social teve melhores expectativas a partir de então.
Já em sua terceira fase faz-se necessário um reajuste das prestações uma vez que de 2009 à 2016 houve um certo crescimento da renda da população brasileira e do valor dos imóveis.
Com a implementação de políticas de habitação de interesse social há uma expectativa para sanar o grande problema enfrentado há muito tempo no Brasil onde as grandes metrópoles tem 40 a 50% da população vivendo na informalidade. O Minha Casa Minha Vida com a audaciosa proposta de resolver o problema de pelo menos 1 milhão de famílias precisa constantemente rever suas políticas para que possa continuar atendendo a demanda que de acordo simulações da Caixa Econômica Federal está em crescimento.
Um programa como o MCMV, apesar de suas falhas como todo programa habitacional, é uma alternativa e uma grande expectativa para a formalização das cidades. Torna-se necessário que sejam constantemente avaliados e renovados para que finalmente possa-se um dia solucionar o grande problema do déficit habitacional enfrentado pela grande maiorias das cidades brasileiras.


Postagem 5

A CIDADE NÃO É UMA ÁRVORE –
Christopher  Alexander

Página- Urbanidade – Urbanismo, Planejamento e Plano Diretor

Tema- Urbanização e Planejamento Urbano
Resumo-
Christopher Alexander é um arquiteto austríaco autor de uma extensa obra ueinclui um pequeno artigo chamado “The city is not a tree” publicado em 1965 na Revista Architectural Forum.
Em linhas gerais, o que Alexander defendia nesse artigo era que as cidades “naturais”, que se desenvolveram espontaneamente, possuíam uma intricada rede de elementos que funcionavam de forma complexa. Esses elementos incluíam desde os maiores objetos físicos (avenidas, terminais, etc.) até os menores comportamentos (como atravessar uma rua, por exemplo, ou olhar os jornais em uma banca na calçada).
A crítica de Alexander aos modernistas referia-se à visão de que estes tinham de que os elementos da cidade deveriam organizar-se segundo uma hierarquia rígida, segundo a qual um elemento sempre deveria estar contido em um elemento mais amplo, e este em um elemento ainda mais amplo, e assim por diante.
Criticando Brasília, ele descreve o sistema de circulação do setor residencial, em que existe apenas uma via principal, que dá acesso a vias intermediárias, que por sua vez dão acesso às vias locais. Esse também pode ser considerado um típico sistema em árvore.
Resenha-
O objetivo do autor é contrastar as cidades que surgiram naturalmente com aquelas planejadas e que ele chama de cidades artificiais.
Para o autor falta algo de essencial nas cidades modernas, planejadas quando comparadas com cidades antigas. É preciso pensar a cidade não só pelo lado físico e visual, mas num conjunto. Cidade é: pessoas, veículos, vegetação, casas, jardins e principalmente a relação entra esses, o conjunto.
Os tempos são outros, a contemporaneidade chegou, e a cidade não pode perder a interação e a cooperação entre as partes que poderia-se dizer fixa como ruas, edifícios, jardins, semáforos, com o que se poderia dizer imutável como pessoas, jornais, relações comerciais. Todos esses subconjuntos fixos e imutáveis da cidade formam as relações e é o que dá vida à cidade.
Com foco nesse ponto de vista a cidade deve ser pensada não como uma árvore, fisicamente  de forma rígida, pois cidades formalmente planejadas reduz a possibilidade de combinações entre elementos e subconjuntos reduzindo automaticamente a possibilidade das relações na cidade.
Hoje, o grande desafio dos urbanistas é justamente esse, proporcionar um desenho e uma conformação de cidade que possibilite uma melhor oportunidade de interação,  e a mais saudável inter-relação de pessoas na cidade. A cidade é viva se existe interação de pessoas numa concreta possibilidade de usos que oportunize vivenciar espaços  no seu mais amplo sentido de lugar de convivência.
As relações sociais de hoje são mais abertas e a cidade, como todo espaço de convivência não pode ser limitado e nem fechado, a demanda hoje é de espaços que permita uma maior sobreposição de relações e que o planejamento urbano dê suporte a isso.


Postagem 6

INVENTÁRIO CRÍTICO DOS BAIRROS JARDINS PAULISTANOS NA PRIMEIRA METADE DE SÉCULO XX.

Tempos e escalas da cidade e do urbanismo: Anais do XIII Seminário de História da Cidade e do Urbanismo. Brasília, DF: Universidade Brasília- Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 2014

Tema- Urbanização e Planejamento Urbano - Patrimônio histórico
Resumo-
Os bairros-jardins paulistanos, projetados no início do século XX, que constituem a paisagem urbana da cidade de São Paulo, representam a integração entre ambiente preservado e edificações de diversos estilos. Se o paisagismo e traçado de alguns destes bairros foram objeto de atenção protecionista em meados da década de 1980, quando tombados pelos órgãos de preservação, suas edificações, em razão do desprestígio da arquitetura eclética até então vigente, permaneceram à margem dos inventários arquitetônicos específicos que marcaram os estudos do patrimônio paulista naquela década.
O fato é que atualmente os muitos exemplares de arquitetura residencial erigidos entre a década de 1920 e 1950 que variam do bangalô ao proto modernismo, de grande interesse para estudos historiográficos, permanecem sem um inventário. Sem instrumentos legais de proteção, esses edifícios vêm sendo, pouco a pouco, demolidos ou descaracterizados.
Resenha-
O artigo em questão discute a fragilidade das leis que defendem o patrimônio histórico no Brasil.
Os bairros-jardins paulistanos com uma proposta de planejamento específico para época e local, uma vez que São Paulo expandia e já despontava como grande cidade, surgiram como consequência de mudanças e novas maneiras de planejar da época. Se apenas o paisagismo, o traçado urbano e o arruamento foram foco de tombamento e preservação de patrimônio.histórico,  pegunta-se que protecionismo é esse que ignora parte de uma história?
O fato da desvalorização da arquitetura eclética que era o “estilo” ou a mistura de estilos da época em questão faz-nos questionar qual o verdadeiro sentido de patrimônio pelos órgãos responsáveis da daquela época. Sem contar o despretígio com os arquitetos envolvidos.
Uma cidade é um conjunto, preservar o patrimônio ambiental dos bairros-jardins é fundamental, mas não se pode dissocia-lo de sua arquitetura. O conjunto é que compõe o local, que trás memórias, que revive a história de um povo e de um local específico.
Após tanto tempo, já passados quase trinta anos dessa negligência, cabe-nos perguntar se os motivos que levaram ao não tombamento de tal arquitetura ainda perduram. Essa arquitetura eclética trás um pouco de muitos estilos desde o neoclássico ao protomodernismo e seria inadmissível perder no tempo e ver de forma irrelevante parte de uma história. Porque patrimônio é exatamente os fatos e as situações que contam um pouco do que ocorreu em determinada época, mesmo que essa não tenha tido uma totalidade de estilo exclusivista. Tudo tem seu motivo e é essa a sua história, a história de um local e de um povo.

Postagem 7

A ANÁLISE DA MORADIA EM MANAUS (AM) COMO ESTRATÉGIA DE COMPREENDER A CIDADE

REVISTA ELECTRÓNICA DE GEOGRAFÍA Y CIENCIAS SOCIALES 
Universidad de Barcelona.  
ISSN: 1138-9788.  
Depósito Legal: B. 21.741-98  
Vol. XI, núm. 245 (30), 1 de agosto de 2007 
[Nueva serie de Geo Crítica. Cuadernos Críticos de Geografía Humana]

Tema- Habitação
Resumo-
O espaço da moradia produz dialeticamente a fragmentação e a articulação da cidade, em que se aproximam e se afastam contradições entre ricos e pobres. Manaus apresenta grande contingente populacional residindo em áreas inadequadas, igarapés, encostas, em moradias precárias e com acesso inadequado aos serviços urbanos. A importância de se entender a cidade de Manaus a partir da produção da moradia é que ela possibilita unificar os vários campos de análise urbana, especialmente quando se observa que os atuais problemas da sociedade parecem ser cada vez mais articulados como problemas de natureza espacial. Por fim o texto aponta que as moradias precárias na cidade não são apenas manifestações das diferenças. Mais que isso, são toleradas e se proliferam.

Resenha-
O Brasil, um país imensamente rico não só de recursos naturais, bem como de grande capacidade de produção econômica infelizmente talvez tenha como uma de suas maiores marcas a imensa desigualdade social. Isso se faz ainda mais visível em alguns estados do norte e nordeste.
E nesse contexto da desigualdade social destaca-se como grandes problemas além da precariedade na saúde pública, a questão da violência, do desemprego e também o déficit habitacional, além de muitos outros como o agravamento da questão ambiental onde se destaca a questão do lixo, da falta de saneamento e a poluição do ar. Problemas esses que de maneira alguma constituem fatos isolados. Todo o conjunto reflete na cidade, na sua paisagem, na sua maneira de vivenciar e usar o espaços.
Uma maneira de entender a cidade é através da produção de moradia uma vez que pode-se com esse fator observar os problemas atuais das cidades articulados com problemas de natureza espacial, explicitados pelas desigualdades sócio-espaciais.
É importante entender que a produção de habitação não pode ser reduzida apenas à localização ou às relações sociais de posse. É na verdade, uma variedade de fatores sociais, culturais e econômicos. A moradia é sem dúvida uma localização física, mas é ao mesmo tempo uma expressão psicossocial, sendo produto e condição da sociedade e da sua produção e reprodução.
Quanto às ocupações informais essas devem ser entendidas como uma estratégia que as famílias de baixa renda encontram de forma imediata para ter acesso à moradia, processo que se dá maioria das vezes através da organização de “invasões” em lotes urbanos vazios. Esse é o processo que se observa em todo o país  desde nos igarapés no norte do país às encostas de morros em grandes cidades como o Rio de Janeiro.
Enquanto houver tanta discrepância entre ricos e pobres será impossível evitar que essa diferença reflita na conformação da cidade. Considerando que a cidade é constituída de “todas” as pessoas e de suas interações é inevitável que isso se reflita na maneira de como a cidade é vivenciada. As pessoas precisam morar, trabalhar e se locomover e o que a cidade lhes oferece interfere em seus comportamentos.
Por isso, arquitetos, urbanistas, gestores de cidades precisam entender ao máximo as cidade pela ótica das questões sociais, pois essa reflete desde o desenho da cidade quanto na maneira como a cidade é usada e influenciada pelas questões culturais, econômicas e principalmente de segurança.


Postagem 8  
CASA PALMARES

Página- Fundo Brasil de Direitos Humanos

Tema- Habitação – Inclusão social
Resumo-
O projeto Futuro Além das Grades: Com Respeito e Inclusão Social, apoiado pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos, foca a ação organizativa nas famílias de presidiários e/ou ex-presidiários, parcela relevante da base social dos grupos sem-teto e de luta por moradia na região metropolitana de Belo Horizonte. Tem como objetivo auxiliar, junto com a Pastoral Carcerária, na sistematização dos principais problemas e demandas das famílias de presos e dos próprios presos na garantia de seus direitos humanos.
Como ponto de partida, o projeto pretende fomentar a criação de uma Associação de familiares e de ex-presos/as da Grande Belo Horizonte, com intuito de facilitar os processos de reivindicação de direitos junto às autoridades governamentais, ao Poder Legislativo no três níveis da federação, à Promotoria Estadual e demais órgãos competentes. Também prevê a realização de cursos de formação em Direitos Humanos para trabalhar autoestima e o senso de auto-organização e auto-gestão, prevendo atingir cerca de 150 famílias provenientes das nove regiões de Belo Horizonte e das demais cidades da Grande BH.

Resenha-
O artigo em questão leva em consideração a questão da habitação social e a inclusão social para um grupo específico de familiares de presos e ex-presidiários, apontando que esses são parcela relevante da base social dos sem-teto. Embora exista grande preconceito de grande parte das pessoas quanto à luta pelo direito de presidiários e ex-presidiários é fundamental que se realize projetos para ajudar essa parcela da sociedade. Não se pode fechar os olhos ao fato de que a violência é grande parte fruto da pobreza e de má condições de vida e falta de oportunidades.
Com base nos direitos humanos e na constituição federal toda e qualquer pessoa tem direito à moradia. E é esse direito também garantido a esse grupo específico.
Mas ampliando a discussão quanto a questão da inclusão social  e habitação cabe refletir sobre o quanto toda e qualquer pessoa fora do grupo capaz de prover por si só uma habitação digna está socialmente excluído.
A habitação social no Brasil é sem dúvida um grande desafio.  Enquanto não for implementada uma política incisiva voltada basicamente para famílias de baixa renda o problema está longe de ser resolvido. Embora há muito tempo o governo vem aplicando políticas na tentativa de resolver o déficit habitacional, na realidade vê-se que ainda mais com a questão da crise econômica atual essa parece ser uma realidade distante.
É imprescindível uma reflexão sobre o processo de inclusão social e acessos às políticas públicas, elementos indispensáveis ao exercício da cidadania.


“PROGRAM A MINHA CASA, MINHA VIDA” EM CAMPINA GRANDE – PB: HABITAÇÃO PARA QUEM?

Revista Movimentos Sociais & Dinâmicas Espaciais

Tema- Habitação  de Interesse Social
Resumo-
O estudo trata-se de uma análise acerca do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), desenvolvido em âmbito nacional e implementado pelo governo federal brasileiro. Semelhante a programas habitacionais pretéritos, o PMCMV apresenta alguns problemas relacionados à sua execução, ao destino dos recursos, as prioridades do programa, entre outros. Nesse sentido, a pesquisa em voga tem como objetivo analisar a implicação desse programa na cidade de Campina Grande – PB. Para tanto, lança mão também de uma discussão a respeito das políticas públicas bem como da história dos programas habitacionais no Brasil.

Resenha-
Desde os primeiros programas habitacionais implementados pelo governo que começa na era militar com as casas populares, depois o BNH e outros que vieram posteriormente sempre apresentaram falhas. Com o mais recente programa o “Minha Casa Minha Vida’ não é diferente.
Infelizmente os programas sociais sempre foram uma oportunidade para políticos corruptos usarem do clientelismo e barganhas político-eleitorais. E o que deveria atender a uma população de baixa renda acabou sempre a ser um programa que contemplava muito mais a classe média que a baixa. E ainda hoje a troca de favores é uma realidade e é o que atrapalha e impede a progressão de políticas sociais e nesse caso específico a solução do problema do déficit habitacional.
Uma crítica aos programas habitacionais que deve-se considerar é o fato de que suas metas sempre foram muito mais o aquecimento da economia do que a questão social prioritariamente.
O programa “Minha Casa Minha Vida” criado em 2008 como os outros programas habitacionais visa prover famílias de baixa renda que não teria acesso à habitação com o mercado imobiliário dito formal de uma habitação de qualidade.
É lamentável que nesse como ocorreu nos outros programas habitacionais do Brasil exista a diferença de atuação do poder público. O que se encontra é que a camada social com maior poder aquisitivo acaba por possuir benefícios para participação do programa o que acarreta um desvio com relação ao proposto pelo programa MCMV.
Enquanto alguns grupos são favorecidos, a realidade que se vê é que, existem grupos como idosos, pessoas portadoras de necessidades especiais, crianças acabam por  em sobreviver em habitações precárias.
Além desse problema no benefício inadequado o programa atual MCMV apresenta como um problema a excessiva padronização das habitações independente das regiões, sem levar em consideração as particularidades das pessoas dos locais em que se inserem.
E não poderia-se deixar de relatar o fato de que sempre para as famílias de baixa renda são construídas habitações em locais mais distantes, pouco valorizadas.
Além desses problemas o que se vê ainda é que apesar de todos os esforços e das intenções da proposta o programa MCMV não é capaz de cumprir com suas metas e realmente sanar o problema do déficit habitacional no Brasil.

Postagem 10

HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL: POLÍTICA OU MERCADO? REFLEXOS SOBRE A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO METROPOLITANO

Anais – Encontros Nacionais da ANPUR
Tema- Habitação de Interesse Social
Resumo-
A política habitacional brasileira, após a extinção do Banco Nacional de Habitação (BNH), passou por longo período sem dispor de aparato institucional e de recursos consolidados que possibilitassem ações contínuas e integradas. A partir de 2003, foi observado um processo de construção da política nacional habitacional baseada nos princípios da participação popular, do planejamento e da integração das políticas urbanas. Durante este período foi criado o Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social- SNHIS, que buscava criar fluxo de recursos para habitação e estruturar os mecanismos de gestão para a implantação de uma política habitacional sólida para o país. Contudo, em 2008, a crise econômica internacional influenciou nas decisões políticas e fez com que o governo instituísse o Programa Minha Casa Minha Vida, visando alavancar a economia através do setor da construção civil. Atualmente, dois anos depois, os efeitos da crise já não são muito perceptíveis. Chega a hora de avaliarmos os efeitos produzidos pelo modelo de programa adotado. A partir desta abordagem, o presente artigo se propõe a levantar algumas questões relevantes do reflexo do PMCMV na construção do espaço urbano nas principais metrópoles do país.

Resenha-
Desde o inicio do lançamento do programa Minha Casa Minha Vida houve a intenção de se concentrar recursos nas ações de urbanização de assentamentos precários e desenvolvimento institucional por orientação do Ministério das Cidades.
A implementação de uma política habitacional regida por uma lógica empresarial trouxe reflexos diferenciados para a construção do espaço urbano, assim como para a eficácia da política de habitação como mecanismo de redução das desigualdades sócioespaciais.Sabe-se que o núcleo central do Programa é aquele voltado para as empresas, que acessam diretamente os recursos do FAR, através da apresentação de projetos a serem avaliados e aprovados pela CEF.
O papel dos estados e municípios nesse modelo, passou a ser o de organizar a demanda, através de cadastros encaminhados à CEF para a seleção dos beneficiários e, ainda, o de criar condições para facilitar a produção, através da desoneração tributária e da flexibilização da legislação urbanística e edilícia dos municípios. Em alguns casos, considera-se que estados e municípios poderiam ainda viabilizar o atendimento à demanda de baixa renda através da cessão de terrenos públicos. De qualquer forma, o promotor do empreendimento deixa de ser o setor público e passa a ser o setor privado
Neste sentido, cabe ao mercado a promoção dos empreendimentos imobiliários elaborados de acordo com as exigências técnicas mínimas do PMCMV, principalmente no que se refere ao cálculo do valor da unidade habitacional, de forma a se enquadrar no perfil financiado e, ao mesmo tempo, garantir maior taxa de lucro possível em seus projetos.
Contudo, conforme várias análises, pode-se inferir que o modelo adotado pelo PMCMV tende a promover uma periferização das intervenções habitacionais na cidade. Fenômeno decorrente do fato da oferta de terra urbanizada ser relativamente limitada na maioria dos municípios com maior centralidade e, na ausência de políticas de controle da especulação e cumprimento da função social da propriedade, a tendência é que o preço da terra aumente na proporção em que cresce a demanda. Seja pelo preço ou tamanho dos terrenos disponíveis, o setor empresarial irá inevitavelmente, privilegiar as periferias para a localização dos seus empreendimentos.
Passados quase dois anos após o lançamento do PMCMV, o governo anuncia o PMCMV 2. No entanto, o contexto econômico é diferente e torna-se fundamental uma avaliação dos efeitos do modelo implantado, considerando o caráter ambíguo do programa ao priorizar o estímulo ao crescimento econômico à produção efetiva de habitação para camadas de menor poder aquisitivo.
Valorizar a diversidade de usos, a variação do desenho das edificações, a qualidade das construções e a capacidade dos equipamentos públicos na construção de uma cidade funcional são atitudes importantíssimas, bem como discutir melhores critérios na implantação de programas habitacionais que permitam variações de tipologias de forma a adequar a UH ao perfil das famílias e não o contrário. Em outras palavras, evidencia-se aqui a seriedade no que tange superar a solução básica “dois quartos, cozinha e banheiro”, com 35m² cada domicílio para qualquer tipo de família.

Postagem 11

Guias especificam aplicação da NBR 15.575 nos projetos de Habitação de Interesse Social

Tema- Habitação e interesse social
Resumo-
A NBR 15.575, em 2013, apresentou um novo direcionamento a construtores e projetistas ao estabelecer níveis mínimos de qualidade para as residências. Por outro lado, trouxe também grandes desafios, especialmente para o setor de moradias populares.
A iniciativa inclui também catálogos com uma série de fichas detalhadas de sistemas construtivos com ensaios de desempenho já aprovados. Além de aliviar os custos, o guia incentiva a cultura do cumprimento de normas. Os documentos de desempenho técnico para Habitação de Interesse Social (HIS) foram elaborados ao longo dos dois últimos anos pela Secretaria Nacional de Habitação (SNH), do Ministério das Cidades, sob a coordenação da Fundação de Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE), apoio da Caixa Econômica Federal e parceria com diversos integrantes da construção civil.

Resenha-
A NBR 15575 estabelece parâmetros técnicos para vários requisitos importantes de uma edificação. Estudar e atender as exigências das leis são um desafio para quem projeta, e é preciso estar atento as atualizações das mesmas.
A norma entra em vigor com objetivo de regulamentar, nas edificações de até cinco pavimentos, questões como acústica arquitetônica, conforto térmico e desempenho hidráulico, por meio da especificação e aplicação de critérios mínimos para materiais e técnicas, desde pisos, paredes e esquadrias, até o fluxo de líquidos em tubulações, vibrações de máquinas e motores, entre outros, a fim de melhor atender às exigências dos usuários de edifícios habitacionais. Ou seja, define parâmetros mínimos de desempenho para cada sistema construtivo como objetivo de atender aos requisitos dos usuários.
Normas como essa são fundamentais para o bom desempenho das edificações. Mas vale ressaltar que a norma apenas amplia exigências já existentes, como as relativas ao conforto térmico e acústico.
Embora tenha sido definida para edifícios residências de até cinco pavimentos, muitos dos seus parâmetros servem para qualquer tipo de edificação. Com isso o conhecimento do arquiteto deve ser maior e estar atento às normas. Muitas vezes as falhas estão no processo de produção da indústria de construção civil e não na falta de conhecimento e capacidade.


Postagem 12

ABC OF INCREMENTAL HOUSING
Página- Elemental

Tema- Habitação Social
Resumo-
Mais de 3 bilhões de pessoas vivem em cidades hoje em dia e 1 bilhão dessas pessoas vivem abaixo da linha da pobreza. Estima-se que até 2020 mais de 5 bilhões de pessoas viveram em cidades e 2 bilhões estarão abaixo da linha da pobreza. Isso significa que vamos ter construído uma cidade de 1 milhão de pessoas por semana com 10mil dólares por família.
Dada a magnitude da falta de habitação, esse problema não será resolvido a menos que se some os recursos das próprias pessoas com a capacidade construtiva do governo e o mercado. Por isso pensou-se em colocar um sistema aberto capaz de canalizar todas as forças disponíveis em jogo. Dessa foram, segundo Alejandro Aravena,  as pessoas serão parte de uma solução e não de um problema.
Por outro lado, para ele é fato que os recurso disponíveis não são suficientes. E para fazer frente a essa escassez de recursos , os mercados tendem a fazer duas coisas: reduzir e deslocar. Reduzindo o tamanho das habitações colocando em risco a qualidade de vida das pessoas e deslocando  as pessoas para a periferia onde a terra custa menos.
Para isso Aravena propõe o princípio da incrementalidade que significa, em outras palavras, certificar-se de equilibrar : alta densidade, sem superlotação, com possibilidade de expansão (de habitação social à classe média de habitação ) .

Resenha-
O arquiteto chileno Alejandro Aravena do escritório Elemental, ganhador do prêmio Pristzker de Arquitetura nesse ano de 2016 já com vistas no crescimento populacional e no aumento da demanda de habitação social tem articulado projetos para tentar de alguma forma solucionar o problema do déficit da habitação para uma classe mais carente da população.
A intenção do arquiteto é aproximar a arquitetura da sociedade em oposição ao projeto, pelo próprio projeto, mas sem desprezar o projeto. Sua intenção é buscar soluções com a arquitetura, intencionando responder as necessidades sociais e integrando às características do entorno.
Para Aravena a escassez de recursos nada mais é que uma oportunidade para se concentrar no que realmente importa, respondendo às necessidades mais fundamentais da sociedade. Para fazer projetos socialmente relevantes, Aravena defende que a população deve ser ouvida para que as estruturas sejam resilientes à instabilidade dos ciclos políticos.
A solução encontrada pelo escritório de Aravena, o Elemental, foi construir estruturas expansíveis, que pudessem ser valorizadas ao longo do tempo. “Habitação não é apenas um refúgio para se proteger do meio ambiente, das intempéries, mas uma ferramenta para superar a pobreza”, argumenta o arquiteto que concebeu o complexo com 93 casas, construído em 2004.
O trabalho de Alejandro se encontra na fronteira entre a busca de respostas que se relacionem como contexto e ainovação do desenho. Suas obras demonstram que é possível se submeter às leis de mercado sem abrir mão do impacto social.
Recentemente, o arquiteto disponibilizou no seu site 4 projetos do seu escritório Elemental para que outros arquitetos possam usar como referência. É claro que esse projeto não deve ser usado na íntegra para resolver problemas em outros países, como por exemplo, o Brasil. Mas que suas intenções e propostas possam ser usadas por outros arquitetos na intenção de solucionar os problemas enfrentados aqui para a produção de habitações sociais de melhor qualidade.

Postagem 13

CONCURSO HABITASAMPA – PROJETOS PARA LOCAÇÃO SOCIAL SÃO PAULO, 2004
Tema- Projeto Habitação Social

Resumo-
Um grupo de arquitetos demostram o projeto com o qual ganharam o concurso HabitaSampa, sendo executado conjuntos habitacionais previstos para ser implantados na rua da Assembléia, próximo à catedral da Sé, e na rua Cônego Vicente Miguel Marino, na Barra Funda, ambas na região central de São Paulo. O concurso foi elaborado em 2004 pela Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sehab), da prefeitura de São Paulo, e pelo IAB/SP escolheu os projetos dos edifícios de apartamentos que serão implantados pelo município para atender famílias de baixa renda.

Resenha-
Para quem pretende formar e seguir a área de interesse social encontrará alguns obstáculos a serem impostos. Envolve questões sociais que refletem diretamente no resultado de um projeto bem elaborado.
Primeiramente lidar com o recurso disponível, o fundo financeiro que restrita o custo a ser gasto, com a condição topografia das áreas e com as pessoas que habitarão nos espaços. Um bom arquiteto é aquele que alcança os resultados obtidos estrategicamente perante as condições impostas.
Os arquitetos Vinicius Andrade e Marcelo Morettin que ganharam o concurso HabitaSampa conceituou as estratégias adotadas, fazendo uma leitura do local, região central da cidade onde o projeto será executado. Escolher a localização para implantar as unidades deve ser uma decisão importante, os edifícios implantados desta intervenção foram implantados transversalmente à direção do vale, reforçando a morfologia. As novas possibilidades de interagir o lote com a cidade é dada com a mistura de elementos existentes com os novos planejados.
Os arquitetos são os responsáveis por tornar a cidade um local melhor para se habitar, mesmo com as condições impostas e ainda fazer avançar a qualidade do espaço nas cidades.

Postagem 14

A CONSTRUÇÃO DA CIDADE E DO URBANISMO: IDEIAS TÊM LUGAR?
Habitação Social Pós-1964 no Município de São Paulo.
Contribuições ao Debate sobre o Moderno e a Produção da Cidade.

Tema- Questão Habitacional
 Resumo-
Primeiramente o artigo realiza uma comparação entre  entre a produção habitacional do sistema BNH/COHAB, entre 1964 e 1986, e a do Programa de Arrendamento Residencial (PAR), da Caixa Econômica Federal (CEF), no município de São Paulo, A análise é mediada pela reflexão sobre as rupturas com o projeto moderno no Brasil. No estado produziu um novo ideário de projeto habitacional, em torno do contextualismo crítico vinculado à busca por novas formas urbanas que se desenvolveu na Europa e EUA já nas décadas de 1950/60. A política habitacional paulistana entre 1989/1992 é considerada a experiência-marco dessa inflexão, com intervenções em assentamentos populares a partir da ideia de “direito à cidade e à arquitetura”.

Resenha-
O BNH foi a principal instituição federal de desenvolvimento urbano vinculado ao Ministério do Interior, tendo como função a realização de operações de crédito imobiliário e a gestão do FGTS. O Banco foi extinto assumindo sua função à Caixa Econômica Federal, conhecida como o Banco da Casa Própria tornando responsável de atuar como o principal agente do SFH.
Mesmo passando por mudanças nas políticas habitacionais, aprendemos o quanto este fato interfere na malha e no desenho urbano. Lotes em áreas próximas ao centro são caros e tornando o problema relevante ao custo, o que leva as construções habitacionais para regiões periféricas da cidade e muitas vezes desconsiderando questões de conforto e lazer e sim em construir um maior número de unidades com o mesmo padrão.
Em São Paulo não ocorreu diferente, mas que naquela época ainda contou com outro fator, o racionalismo e os princípios modernos para a habitação social. Sabemos que as COHABS foram criadas nas periferias de grandes cidades, e geraram novos problemas de instalação de infraestrutura, de manutenção dos novos bairros, distâncias a percorrer até o trabalho em transporte coletivo precário e insuficiente, além do isolamento e segregação sócio-espacial.
Com o passar dos anos, a população passou a atuar mais próximo sobre forma de intervenção, através de associações comunitárias e assessorias técnicas. Isso resultou em São Paulo uma característica mais suave nas unidades e nas relações que farão com futuros moradores. Isso sem dúvida altera a qualidade de vida da população e provoca transformações no espaço.


Postagem 15

CONHECENDO A RM DO VALE DO AÇO: POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES LOCAIS

Página- Observatório das Metrópoles

Tema- Regiões Metropolitanas
Resumo-
As Regiões Metropolitanas brasileiras criadas com a Lei Complementar nº 14 de 1973 recebiam em sua nomenclatura uma referência expressa às cidades polos. No entanto, isso não ocorre com a Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA), localizada no interior do estado de Minas Gerais, visto que não expressa em seu nome a cidade polo da área. Neste artigo, Romerito Valeriano da Silva e Leônidas C. Barroso mapeiam os 26 municípios que compõem a RMVA a fim de demonstrar aqueles que exercem maior centralidade. O resultado expõe a elevada desigualdade de desenvolvimento dessa região mineira, com cidades com grandes potencialidades e outras bastante vulneráveis.

Resenha-
A Região Metropolitana do Vale do Aço se enquadra no grupo das regiões metropolitanas emergentes ou incipientes por não ter uma cidade que ocupe de forma contundente a função de cidade polo.
Os 26 municípios (quatro da RMVA e 22 do colar metropolitano) estão localizados na região leste de Minas Gerais em uma área atravessada por importantes rodovias (BR 381 e 458) e pela ferrovia Vitória Minas (mapa 01), a cerca de 220 km da capital estadual, Belo Horizonte, e no meio do Corredor de Exportação que é usado para escoamento da produção do quadrilátero ferrífero (MG) até o porto de Tubarão, no estado do Espírito Santo.
Vários fatores foram considerados para que esses municípios fossem escolhidos para a implantação das referidas indústrias, entre eles, vale destacar: topografia relativamente plana para os padrões do estado de Minas Gerais, localização a meio caminho entre as fontes de matéria-prima (quadrilátero ferrífero) e os mercados consumidores (porto no estado do Espírito Santo), facilidade de acesso a recursos hídricos (Rio Piracicaba, afluente do Rio Doce) e, fundamentalmente, a proximidade da malha ferroviária (Estrada de Ferro Vitória Minas). Agora com a finalização do PDDI – Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana do Vale do Aço, que está sendo realizado pelo Unileste-MG, espera-se que através do diagnóstico que será gerado com o estudo que sejam apontados os pontos principais para a produção de projetos.
Existe uma expectativa que após esses estudos toda a região possa interagir para a implementação de ações que valorizem e traga grande desenvolvimento para a região. Com todas as potencialidades da região espera-se em breve que o Vale do Aço possa ser uma boa referência de metrópole e que cresça economicamente e possa ser um bom exemplo de urbanização e grupo de cidades de boa qualidade de vida.
Postagem 16
URBANIZAÇÃO - METRÓPOLES EM MOVIMENTO
Tema- Regiões Metropolitanas
Resumo- 
Com base em dados colhidos nos períodos que antecedem o ano de 2000 com relação ao crescimento urbano mostram que, as cidades brasileiras cuja população mais cresce são as do Centro-Oeste, que mesmo assim as capitais do Sul continuam sendo os lugares cuja a qualidade de vida continua sendo melhor.
Os fatos mostram que 90% se concentrarão em grandes centros o que significa que as aglomerações urbanas devem receber 63 milhões de novos habitantes nos próximos anos, mas devido a falta de planejamento, ocorre de forma desequilibrada. A expansão econômica pode ter sido um dos principais motivos que levaram o Centro-Oeste a registrar as maiores taxas de aumento populacional.
De modo geral a urbanização no Brasil se deu de forma desigual. Esse elemento aumenta a brecha de exclusão social, tônica no desenvolvimento das cidades. Com o aumento do tamanho das cidades, a qualidade de vida piora.
Resenha-
Todo crescimento urbano é estimulado por uma atividade econômica, sendo a da região centro-oeste o agronegócio, isso gera pontos positivos como crescimento e valorização da mão de obra não só pela migração, mas também por implantação de novas empresas na região, uma atração para pequenos empreendedores. As principais cidades são Brasília e Goiânia, a primeira classificada como metrópole nacional, e a segunda, como metrópole regional. Campo Grande, Cuiabá, Goiânia e Distrito Federal abrigaram 4,7 milhões de habitantes.
Pode-se observar através do estudo chamado de Exame dos padrões de crescimento das cidades brasileiras mostram que, de 1985 a 2003 o Produto Interno Bruto (PIB) da região cresceu 103%.  Essa expansão econômica foi o que levou a região a registrar os maiores aumentos nos últimos anos, equilibrando com todas as regiões brasileiras, já que antes perdia para uma grande concentração na região Sudeste, região que pela falta de planejamento urbano inicial se tornou cenário dos problemas mais conhecidos que uma cidade pode suportar. Quando esse crescimento é ocorrido rapidamente, a administração pública não consegue acompanhar a evolução. Gerando transportes públicos de má qualidade, hospitais que não suportam a demanda e défice habitacional. Esses problemas é que serão os responsáveis pela qualidade de vida da população.
De modo geral, é necessário estruturar as políticas de desenvolvimento regional e metropolitano, para intervir sobre os respectivos territórios, com as ferramentas disponíveis e a participação organizada da sociedade.

http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&id=994%3Areportagens-materias&Itemid=39


FIM



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