domingo, 21 de fevereiro de 2016

Debora Castro e Jussiara


TEMA 1: PLANEJAMENTO URBANO


Planejamento urbano e mobilidade sustentável: uma questão de tempo?
Artigo originalmente escrito por Luiza Schmidt e publicado na página TheCityFix Brasil em novembro de 2015.

Resumo:  O artigo analisa a possibilidade de compatibilização de horários por parte das empresas públicas e privadas, aliado à melhoria da qualidade dos transportes coletivos como forma de facilitar o uso destes, melhorando as más condições de trânsito causadas pelo alto número de veículos particulares em circulação. O autor afirma que o planejamento urbano pode ser visto como uma questão não só espacial mas também temporal.

Analise: Ao propor a compatibilização de horários de trabalho e estudos como fator possibilitador do uso do transporte coletivo, o autor pressupõe que, tendo as pessoas mais tempo entre uma atividade e outra, optem pelo uso do transporte coletivo e não motorizados.  Isso contando que o sistema de transporte público seja de qualidade e acessível a todos.
No nosso ponto de vista, a colocação do autor é interessante. Porém, por questão de comodidade, costume, rapidez e praticidade, quem já faz uso de transporte particular não vai mudar sua opção para o transporte coletivo, a menos que a própria utilização desses transportes seja vista como algo que traz prejuízos. Exemplos: A falta de vagas de estacionamentos nas cidades, o alto preço do combustível, engarrafamentos constantes e prolongados, entre outros.

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Planejamento urbano sustentável: um caso de sucesso no Brasil
Artigo escrito por Tomé Ferreira

Resumo:  O artigo cita as estratégias utilizadas pela cidade de Curitiba para garantir o desenvolvimento econômico e sustentável mesmo com o rápido crescimento populacional, mostrando a importância de um bom planejamento para a garantia da qualidade de vida e dos espaços de uma cidade.

Analise: As propostas de planejamento da cidade estão fundamentadas em um entendimento da mesma, e de uma visão espacial que se estende para além do presente. Os envolvidos no planejamento não previam o quanto a cidade cresceria populacionalmente em tão pouco tempo, porém a analisaram como sendo mutável, e planejaram suas políticas tendo em vista essa mutabilidade. Entende-se que um bom planejamento também parte do entendimento do estatuto da cidade e da colocação de suas exigências em prática, articulando questões como espaços públicos, patrimônio histórico, transporte, meio ambiente e desenvolvimento econômico.



TEMA 2: ORGANIZAÇÃO SOCIAL DAS CIDADES


Link 1: http://autonomies.org/es/2015/05/gentrificacao-a-cidade-como-campo-de-apropriacao-deslocacao-e-segregacao/

Gentrificação: A cidade como campo de apropriação, deslocação e segregação
Por Julius Gavroche

Resumo:  O artigo trata das alterações nos estilos de vidas de pessoas prejudicadas pelos processos de gentrificação, que é visto como desrespeitoso e violento. O autor afirma que, a cidade não é feita. Ela se faz, através das relações sociais em que cada um exerce importante papel. Mostra a importância e dificuldade de respeitar valores éticos, em meio a um mundo capitalista e mercenário. E que a gentrificação é um processo desrespeitoso de transformação urbana, guiado por ambições econômicas.

Analise: O próprio artigo relaciona a gentrificação à haussmannisação, em que o embelezamento e a valorização da cidade expulsou boa parte da população pobre e trabalhadora da região. Um ponto fortemente negativo desde processo é que ele causa uma desorganização dos grupos já existentes da região em que ocorre. A população de baixa renda, prejudicada com a supervalorização das áreas acaba sendo obrigada a abandonar suas casas, indo em busca de um local onde seja possível sobreviver dentro de seus limites financeiros, muitas vezes tendo dificuldades de adaptação, uma vez que já estava acostumada com o modo de vida de onde veio. A arquitetura autêntica, fruto de uma típica apropriação do espaço, cede lugar a edifícios com pouco significado para o lugar onde estão inseridos. A região têm seu valor financeiro elevado e o social reduzido.
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A dinâmica das cidades

Resumo: O texto defende a necessidade de entender não só a história da cidade como também compreender suas dinâmicas. Cita também conceitos que devem fazer parte da cidade e dialogar com os cidadãos: habitação, emprego, educação, saúde, lazer, saneamento básico, meios de comunicação e assistência social.

Analise: As cidades são espaços que estão em constantes processos de mutação, que podem alterar sua organização espacial e social, dando origem a novas relações entre superfície e usuários. Muitas cidades não alcançam determinado padrão de qualidade de vida por abrir mão de um ou mais conceitos dentre os básicos citados pelo autor.



TEMA 3: URBANIZAÇÃO






Favela bairro

Resumo:  O favela bairro é um projeto que busca integrar a favela à cidade do Rio de Janeiro, propondo melhorias na infraestrutura, das próprias moradias, do sistema de saúde e de transporte e facilitando a coleta de análises que possibilitem diagnosticar problemas e propor soluções.

Analise: É mais benéfico melhorar o que já existe do que reproduzir conjuntos habitacionais que empacotam pessoas. O programa é um exemplo dessa estratégia. Melhorar a qualidade de vida, mantendo os moradores nos locais em que eles já estão acostumados, com o ritmo de vida em que estão acostumados é um exemplo de respeito e entendimento das particularidades de uma cidade, que não é composta apenas pelos grandes centros, mas também por suas periferias. Pesquisando mais, descobrimos que o programa valorizou as áreas com escalas pouco significativas de gentrificação. Descobrimos também que em 2007 investir nas construções paar os jogos pan americanos, passou a ser prioridade do governo e em 2008 o projeto teve seu fim, cedendo lugar par outro programas que contemplaram pouco as favelas.
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Link 2: http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,projeto-da-unesp-ajuda-no-planejamento-de-pequenas-cidades,231881


Projeto da Unesp ajuda no planejamento de pequenas cidades
Por Mônica Aquino
Resumo:  A reportagem traz um projeto de doutorado criado como alternativa para cidades de pequeno e médio porte planejarem seu crescimento e solucionarem problemas no trânsito.

Analise: O mau desenvolvimento das cidades pode ser consequência de uma série de fatores. O que permite os deslocamentos dentro da cidade é, além do sistema viário, a qualidade dos transportes coletivos. Uma vez deixados de lado, é impossível garantir um bom desenvolvimento. O projeto entende a questão do transporte, não só em escala física mas como de planejamento, como base para uma boa urbanização, devendo ser tratado com atenção especial.



TEMA 4: OCUPAÇÃO IRREGULAR
 



Trabalhadores sem teto ocupam prédio abandonado no Horto Florestal, em Salvador

Da Redação (redacao@correio24horas.com.br)

Resumo:  A reportagem retrata uma situação comum no país. A ocupação de edifícios abandonados por trabalhadores sem teto, e suas dificuldades em se apropriar do espaço.

Analise:  É garantido pelo estatuto da cidade a função social da propriedade urbana. O prédio em questão, abandonado há mais de 30 anos não estava cumprindo sua função social, enquanto dezenas de trabalhadores prejudicados pelo déficit habitacional tentavam se apropriar do espaço. Na reportagem a corporação é acionada segundo uma denúncia de “invasão” de um edifício abandonado. Porém o real significado da palavra invasão é “ato de ocupar pela força”. Como pode um prédio abandonado então, ser invadido? Percebe-se que existe ainda um preconceito em relação às apropriações dos espaços, que se dá muitas vezes pela falta de entendimento das funções dos elementos que compõem uma cidade.
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Famílias fazem ocupações em série em terrenos no extremo sul de São Paulo

por Rodrigo Gomes, da RBA 

Resumo:  Três grandes áreas no estado de São Paulo são ocupadas por centenas de moradores que reivindicam a função social da propriedade urbana. Duas são de propriedade particular e a outra tem projeto de um parque linear sem previsão de início de execução.

Analise:  Famílias resolvem por conta própria a questão da habitação. Segundo uma das ocupantes “se a escola não serve para ser escola, serve para morar”, essa é uma questão que pode gerar um grande discurso, pois  se o governo não esta se  preocupando em  manter os edifícios já existente com suas determinadas funções, então essas consequências eram de se esperar. Segundo a reportagem em uma das ocupações teve um posicionamento correto da secretaria de habitação, que inseriu as famílias em um programa de habitação social,



TEMA 5: HABITAÇÃO SOCIAL
 



Habitação social e vida urbana
Autor (es): Carlos Alberto Maciel
Originalmente publicado em: hoje em dia

Resumo:  O autor critica a reprodução dos modelos habitacionais sem analisar o entorno, as temporalidades, os usuários do espaço, ritmo de vida, e outras questões importantes para o bom planejamento de habitações sociais. Afirma também que é mais eficaz melhorar o que já existe do que reproduzir modelos padronizados que repetem os mesmos erros desde que foram criados.

Analise: A maior dificuldade que percebemos em conceber moradias sociais de qualidade é o próprio sistema capitalista, que se preocupa apenas em números, se preocupando pouco com a qualidade de vida e dos espaços. É um desafio para arquitetos e urbanistas abandonar os modelos existentes, por uma questão de comodidade: é fácil garantir um grande número de moradias com os modelos existentes. Porém, difícil sair desse modelo já consolidado e propor algo novo, que satisfaça as condições sociais e temporais, e ainda garanta o retorno que as construtoras tanto desejam.
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Link2: http://observatoriodasmetropoles.net/index.php?option=com_k2&view=item&id=1280%3Ahabita%C3%A7%C3%A3o-de-interesse-social-em-%C3%A1reas-nobres-de-sp-desafios-e-impasses&Itemid=164

Habitações de interesse social em SP: conflitos, desafios e impasses
Por Pedro Paulo Bastos

Resumo:  Com a preocupação em democratizar o acesso à cidade, o governo de SP têm investido na criação de ZEIS no centro da cidade. Por um lado, o projeto é visto como forma de amenizar a segregação territorial. Por outro, cria conflitos sociais e financeiros prejudicando principalmente a população de baixa renda.

Analise: Nesta problemática, várias questões causam conflitos de diversos tipos: A mistura de classes, é temida por parte dos mais ricos, pelo medo de desvalorização de uma área muito nobre em virtude de uma ZEIS. É temida também por parte dos mais pobres, pois os comércios locais atendem à população de alta renda, tendo os de baixa renda que se deslocarem para favelas em busca de mercadorias com preços mais baixos. É um caso merecedor de reflexões que busquem melhoras para que o projeto tenha eficácia. Como buscar atender as necessidades das populações de baixa renda, realização de assembleias públicas focando na participação dos moradores em debates que resultem em conclusões sobre o que pode ser melhorado e como alcançar essas melhorias.




TEMA 6: CIDADE JARDIM
 


Link 1: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/04.042/637

O conceito de cidades-jardins: uma adaptação para as cidades sustentáveis
Por Lizia Maria Souza de Andrade

Resumo: O artigo evidencia os causadores dos problemas sociais e econômicos dos séculos XIX e XX e como necessidade de uma restruturação urbana cita as proposta de  Ebenezer Howar através de seu desenho urbano . Faz uma análise desse modelo com a preocupação de uma possível melhora ao passar dos anos. O ator explica detalhadamente o processo dessa proposta e o planejamento das cidades jardins.

Analise: O modelo concebido por Ebenezer mostra as vantagens do campo eliminando as desvantagens da cidade, o “casamento” entre campo e cidade. Na época  foi uma boa estratégia para solucionar problemas que foram gerados no período pós industrial, com a migração das pessoas do campo para a cidade, o que trouxe uma integração dos mesmo , porem existe uma critica pelos modernista que hoje consideram o modelo ultrapassado e muitas vezes preferem a verticalização, mas Ebenezer foi um utopista do século XX e muito contribuiu com o problema da organização e traçado urbano.   
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Link 2: http://hojeemdia.com.br/primeiro-plano/curitiba-a-bela-cidade-jardim-%C3%A9-reconhecida-pela-ecologia-1.39945

Curitiba, a bela cidade jardim é reconhecida pela ecologia
Por Paulo Leonardo
Resumo: O modelo adotado para a urbanização de Curitiba foi o de cidade jardim, com grande enfoque no paisagismo e preservação ambiental. A cidade conta com espaços públicos de qualidade, belas áreas de lazer e uma ótima infraestrutura urbana, o que garante qualidade de vida à população. Muitos turistas aproveitam o tempo livre na cidade passeando nos parques e o próprio município investe na criação de roteiros de turismo.

Analise: A relação dos espaços públicos e seus usuários contribui para a criação de uma identidade ao lugar. Dessa forma o costume dos curitibanos com os parques ajuda a criar uma consciência de preservação do local e criação de relações afetivas. A cidade também é exemplo da importância em se destinar uma parte significativa de seus metros quadrados à áreas verdes, equilibrando áreas de respiro com áreas adensadas. Em uma era de cidades saturadas de edificações, muitas vezes escassas de paisagens naturais, as pessoas têm buscado mais contato com a natureza. Aliar ecologia ao planejamento urbano é benéfico não só para o meio ambiente como também para o desenvolvimento social e financeiro.



TEMA 7: POLÍTICAS HABITACIONAIS
 

Link1: http://observatoriodasmetropoles.net/index.php?option=com_k2&view=item&id=306%3Aminha-casa-minha-vida-pol%C3%ADtica-ou-mercado%3F&Itemid=165&lang=pt

Minha casa, minha vida: política ou mercado?

Resumo:  Análise dos pesquisadores da GT Moradia do resultado do MCMV e o papel desse programa para a politica habitacional brasileira. Esses pesquisadores analisam a qualidade dos conjuntos habitacionais de interesse social e identificam as potencialidades e fragilidades do programa Minha Casa Minha Vida nas regiões metropolitanas.

Analise: Diante dos programas de habitação de interesse social existem vários fatores que deveriam passar por uma melhor análise. Muitas vezes o governo quer ter status diante disso, fecham os olhos para as irregularidades e são seduzidos pela rápida inauguração das obras com o intuito de mostrar serviço e trazer grandes autoridades para o evento. O que deveriam fazer ao receber a verba para a execução dos projetos seria pensar primeiramente no futuro da sua comunidade, com um bom planejamento e  um bom uso dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade.
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Link2: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-05/e-preciso-melhorar-politica-habitacional-diz-mtst-em-ato-da-oposicao-no-rio

“É preciso melhorar política habitacional”, diz MTST em ato da oposição no Rio

Resumo:  A reportagem mostra um  protesto contra o presidente Michel Temer onde, o presidente do  Movimento do Trabalhadores sem Teto, critica a politica habitacional do país que está deixando a desejar. Ao final da reportagem também é citado uma posição do governo em estudar um programa de habitação social por meios de parceria público-privado.

Analise: Os programas de habitação social existentes precisam ser repensados uma vez que não estão atendendo o déficit de habitação do país. Como citado no link anterior são vários fatores a serem analisados diante desse processo de habitação. Pensar e planejar a vida da população carente é dever do governo . Quanto à posição tomada, pelo ministro das cidades, de um estudo para uma possível criação de um novo programa é de grande importância pensar nas fragilidades dos já existentes para que não repitam a mesma imprecisão.



TEMA 8: QUESTÃO METROPOLITANA


Link1: http://noticiasparana.com/pela-cidadania-metropolitana/

Pela cidadania metropolitana

Resumo: A notícia fala de um evento realizado em Curitiba para discutir o Estatuto da Metrópole, o movimento Curitiba Metrópole Integrada reuniu vários lideres políticos do estado.

Analise: O Estatuto da Metrópole é um grande promissor para a qualidade de vida nas metrópoles do país, suas regras são pensadas de forma coletiva e isso pode ser um ponto forte quando se trata de resolver problemas sociais e econômicos no meio urbano. Esse evento realizado pelo estado de Curitiba deveria ser espelho para outros estados, essa preocupação com a qualidade de vida das pessoas é bem interessante.
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Link2: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010288392001000100003

Metrópole e expansão urbana – a persistência de processos “insustentáveis”
MARTA DORA GROSTEIN 


Arquiteta e Urbanista, Professora de Graduação e Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental da USP

Resumo:  A urbanização no Brasil evidencia através das metrópoles que o processo não foi bem sucedido e diante disso a população apresenta insustentabilidade e baixa qualidade de vida.


Analise: As metrópoles brasileiras parecem se dividir em duas, de um lado a cidade formal e do outro a informal. O apelo da autora do artigo é quanto a cidade formal ter o reconhecimento do poder publico e informal apresenta uma exclusão social. Mais tarde é apresentado um processo de transformação dessa cidade informal e ao longo dos anos o governo vem em busca de instrumentos que possam regularizar essas questões sociais e econômicas das metrópoles, mas isso não significa que é uma tarefa fácil de resolver.

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